Open São Paulo

Você sabe o que significa um torneio “aberto”?

A ideia parece simples: todo mundo pode participar. Mas na prática, cada esporte tem suas regras e nuances.

Golfe: Aberto, mas com critérios

Os famosos Open Championships no golfe são chamados assim porque permitem a entrada de qualquer jogador, seja amador ou profissional. Mas atenção: isso não significa que qualquer um pode se inscrever e jogar direto no torneio principal.

Antes, é preciso passar por rodadas de qualificação e ter um nível técnico mínimo (chamado de handicap). Ou seja, é aberto — mas exige preparo.

Ainda assim, esses torneios são uma chance incrível para golfistas menos conhecidos mostrarem seu talento e, quem sabe, surpreender os grandes nomes.

Futebol: A magia da “zebra” na Coupe de France

Já na França, a Coupe de France é um exemplo real de torneio aberto: qualquer time, de qualquer cidade, de qualquer divisão, pode participar. Times amadores enfrentam gigantes como PSG ou Olympique de Marseille!

Isso cria momentos emocionantes: já imaginou um time de bairro eliminando um clube da primeira divisão? Isso já aconteceu — e é exatamente o que torna esse tipo de torneio tão especial.

Além disso, fortalece as comunidades locais e dá visibilidade a jogadores que normalmente não aparecem na mídia.


Por que isso importa?

Porque esses torneios mostram que o esporte pode ser um espaço de inclusão, onde talento e esforço contam — não importa de onde você vem. Ao abrir as portas para todos, eles criam histórias incríveis e inspiradoras.

E você, gostaria de ver esse tipo de abertura em outras áreas, como música, games, filmes, gastronomia ou teatro?


E se a música também tivesse seus “torneios abertos”?

Imagine um festival onde qualquer banda, coral, MC, orquestra ou artista solo — de qualquer região, estilo ou idade — pudesse se inscrever e se apresentar ao lado de grandes nomes da cena musical. Parece sonho? Esse tipo de abertura já acontece em alguns lugares, e pode transformar vidas.

Por que critérios abertos na música são tão importantes?

1. Oportunidade real para quem está fora do circuito
Muitos artistas incríveis nunca chegam aos grandes palcos por falta de acesso, rede de contatos ou apoio. Um modelo aberto permite que talentos escondidos brilhem — às vezes, vindos de periferias, interiores, aldeias, quilombos ou comunidades.

2. Diversidade de estilos e culturas
Quando o palco é aberto, o público também ganha. Misturam-se vozes, ritmos, influências e sotaques. Do maracatu ao punk, do funk ao canto lírico: a cena fica mais rica, mais autêntica, mais vibrante.

3. Encontro entre gerações e regiões
Esses festivais viram espaços de trocas únicas. Uma banda jovem de Tocantins pode dividir o palco com uma orquestra de idosos da Bahia ou uma rapper indígena do Amazonas.

4. Valorização do público
Eventos abertos também envolvem o público na curadoria e votação, fortalecendo o senso de pertencimento. Quando a plateia se vê representada, ela participa mais — e isso gera um ciclo virtuoso de cultura viva.


Música é ponte. E quanto mais gente puder atravessar essa ponte, melhor para todos.

O modelo de critérios abertos, inspirado nos esportes como o futebol e o golfe, pode trazer à cena musical brasileira (e mundial) uma revolução baseada em talento, inclusão e diversidade.

E você? Qual artista local você gostaria de ver em um festival nacional com grandes nomes? Na sua opinião, quais outros setores poderiam se beneficar desse tipo de abertura?

Aqui na Produtora e Acelaradora BlackMad estamos iniciando o projeto-semente

Open São Paulo. Participe!


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